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Com túnel finalizado, obras em canal de contenção de cheias de Francisco Beltrão chegam a 50%

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Uma das obras mais emblemáticas do Governo do Estado, que vai minimizar o problema das cheias que perduram há décadas em Francisco Beltrão, na região Sudoeste, está próxima de se concretizar. Com investimento de cerca de R$ 50 milhões do Instituto Água e Terra (IAT), o túnel de 1,2 quilômetro de extensão, que vai escoar a água do Córrego Urutago até o Rio Marrecas, já está finalizado. As obras agora se concentram na abertura do canal de contenção do córrego, que chegaram a 50% de execução, com mais de 300 metros concluídos.

A previsão da prefeitura de Francisco Beltrão é que esta etapa do projeto seja entregue em julho. O canal terá 740 metros de extensão, 12 metros de profundidade e oito de largura, e fará a ligação até o túnel que vai desembocar no Marrecas. Após esta fase, será iniciado o aprofundamento do leito e alargamento do Rio Marecas, além de adequações do Rio Lonqueador.

Nesta etapa, estão sendo feitas escavações para retirada de terra e detonações de rocha em todo o trecho, para alargar e aprofundar o leito. A parte mais trabalhosa é a contenção das laterais do córrego em concreto armado, que é feita de forma simultânea às escavações, para evitar erosão.

O secretário municipal do Planejamento de Francisco Beltrão, Alexandre Pecoits, explica que todo o processo é bastante complexo, porque a obra é na área urbana do município. O túnel, por exemplo, chega a ficar a 62 metros abaixo das vias urbanas, saindo do Parque de Exposições Jayme Canet Júnior até o bairro Padre Ulrico, onde vai desembocar no Rio Marrecas.

“Tanto na escavação do túnel, como no alargamento do canal, foram realizadas detonações em rocha regularmente, que exigiam a retirada dos moradores e o isolamento da área”, explica Pecoits. “Uma obra deste porte dentro da cidade, com as pessoas morando no entorno, o trânsito fluindo, é um grande desafio. Mas apesar de todos os agravantes, os moradores estão satisfeitos, porque as consequências das enchentes eram muito piores”.

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A maior delas ocorreu em 1983, e de acordo com registros da época, atingiu mil residências e deixou 4,5 mil pessoas desabrigadas. Em outubro do ano passado, as fortes chuvas que atingiram a região poderiam trazer consequências semelhantes, mas mesmo incompleta, a obra ajudou a mitigar os estragos.

“O rio subiu, mas mesmo com as chuvas intensas, as enchentes foram menores. Abrimos a ensecadeira, que é uma espécie de barragem construída no canal do Rio Urutago nessa etapa da obra, para escoar até o túnel, que ficou cheio”, conta o secretário. “Mesmo com funcionamento parcial, avaliamos que as estruturas funcionaram bem e não tiveram desgaste. Apesar de haver alagamentos, a obra evitou consequências maiores à cidade”.

COMO VAI FUNCIONAR – Quando chove em grandes volumes, o Rio Marrecas transborda e pressiona outros córregos que circulam pela cidade, como o Urutago, Lonqueador e Progresso, que também enchem acima do nível normal. Isso causa as enchentes que, historicamente, trouxeram muitas perdas e prejuízos à cidade.

O alargamento e aprofundamento do Urutago vão deixar o rio retilíneo e estável. Já o canal possibilitará o controle das enchentes. Ele fará a ligação até a comporta que fica na entrada do túnel, que conta com um sensor de nível para regular a sua abertura e fechamento. Quando o volume atingir a cota de alagamento inicial, ela se abre automaticamente e escoa a água pelo túnel, que vai retornar ao leito normal do Rio Marrecas.

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Além destas obras, também será executado o rebaixamento do leito do Rio Marrecas e seu alargamento em alguns trechos, bem como uma readequação do Rio Lonqueador, para minimizar as cheias nas áreas urbanas. Ainda será construído um parque linear nas margens do Rio Marrecas, integrando-o à paisagem urbanística da cidade.

José Luiz Scroccaro, diretor de Saneamento e Recursos Hídrico do IAT, explicou que o projeto é pioneiro no Estado, proposto pelo órgão para resolver um problema para a área urbana do município. “O Paraná é extremamente rico em questão de rios e bacias hidrográficas. Essa é uma forma de aproveitar essa estrutura e ao mesmo tempo cuidar dos impactos urbanos”, diz.

TÚNEL PRONTO – A escavação do túnel de contenção de cheias terminou em 2020. Ele começou a ser construído em duas frentes, no Parque de Exposições Jayme Canet Júnior e no bairro Padre Ulrico. Elas se encontraram em 24 de setembro daquele ano. O túnel foi executado pelo método “Driling and Blasting” (perfuração e detonação), com trabalho ininterrupto de escavação. O ciclo foi composto por perfuração na rocha com jumbo (máquina para perfuração horizontal de rocha); carregamento de explosivo nos furos estratégicos; limpeza das rochas detonadas com carregadeira e caminhões; e tratamento com aplicação de tirantes para manutenção da estrutura.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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