O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação e do Instituto Fundepar, inicia 2023 com um grande projeto de substituição de todas as velhas salas de aula de madeira por salas construídas a partir de materiais ecológicas (ecoconstrução) em colégios estaduais. O investimento total para a substituição de cerca de 400 ambientes é de cerca de R$ 100 milhões.
O edital, lançado no final do ano passado, está dividido em seis lotes regionalizados. Quatro já contam com processos definidos e obras contratadas, no valor de mais de R$ 90 milhões, e os dois primeiros, de R$ 9 milhões, serão relicitados nos próximos dias.
Nesse primeiro momento já há obras em andamento em sete escolas nos municípios de Piraquara, Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Londrina, Apucarana e Rio Branco do Ivaí. O investimento inicial é de R$ 11,9 milhões para a construção de 49 novas salas de aula. As obras desses colégios estão em diferentes fases de execução e deverão ser concluídas até o fim do mês de abril.
O Colégio Estadual Ivanete M. de Souza, em Piraquara, é o que tem as obras mais adiantadas. Elas começaram em dezembro de 2022 e devem ser finalizadas até o fim de janeiro. Nessa escola, serão instaladas nove salas de aula novas — o equivalente a um investimento de R$ 2 milhões.
Os outros colégios estaduais que ganharão novas salas de aula são Tancredo Neves (Almirante Tamandaré), Clotário Portugal (Campo Largo), Olindamir Claudino (Fazenda Rio Grande), 1º de Setembro (Rio Branco do Ivaí), Maria Aparecida Rosignol (Londrina) e Carlos Massareto (Apucarana).
“Uma das grandes transformações que estamos implementando no Estado é na educação, com novas metodologias, intercâmbios, avaliações periódicas, investimentos em tecnologia e um primeiro grande resultado já foi alcançado, que é o primeiro lugar no Ideb no Ensino Médio. Mas também temos que pensar na parte estrutural. Na primeira gestão resolvemos o problema das escolas da Quadro Negro, dando prosseguimento a obras que estavam paradas, e agora demos celeridade a esse projeto de acabar com as salas de madeira, que são muito antigas e nada adequadas para os alunos, seja no verão, com calor intenso, ou no inverno, com o frio”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
As novas salas são feitas em um sistema sustentável. A construção modular é considerada ecológica, uma vez que reduz o desperdício de material, economiza tempo de construção e proporciona espaços padronizados em relação a medidas e formatos.
O material também traz vantagens em relação à economia na manutenção, às condições acústicas (os sons emitidos em uma sala não vazam para a sala vizinha) e ao conforto térmico — considerando as características climáticas das diferentes regiões do estado que receberão as novas salas.
As construções também terão fundação e piso em sistema radier (fundação espessa composta por laje de concreto armado), esquadrias de alumínio e telhas metálicas.
“As novas salas vão oferecer conforto térmico e sonoro para estudantes e professores, além de prevenir acidentes. Várias das salas de madeira do Estado do Paraná tem mais de 60 anos”, afirmou o secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda. “Além disso, elas também representam um ganho de dignidade para os nossos estudantes e professores. Nós sabemos que, em várias comunidades, as salas de madeira são um estigma para a comunidade escolar. O direito à educação é sagrado e todos merecem esse investimento”.
Segundo Marcelo Pimentel Bueno, diretor-presidente do Instituto Fundepar, a expectativa é de concluir todo o processo de substituição até meados de 2024. “Temos 49 projetos em execução e queremos trabalhar com 40 projetos por mês para entregar tudo entre esse ano e o começo do ano que vem. É um investimento alto e extremamente necessário para a educação pública. Fizemos todo um trabalho técnico que ampara essas novas estruturas e estamos colocando nesses espaços um ambiente extremamente técnico e bem executado, que substitui de maneira definitiva os espaços de madeira bruta”, arrematou.
Fonte: Governo do Paraná