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Janeiro Branco: Paraná reforça a importância dos cuidados com a saúde mental

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Neste início de ano, como parte da campanha Janeiro Branco, a Secretaria de Estado da Saúde pretende sensibilizar a população paranaense para a importância da promoção da saúde mental. O mês é dedicado para os cuidados a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, incluindo os sofrimentos mentais mais comuns, como depressão, ansiedade e pânico. 

A pasta reforça a importância do debate sobre o tema dando visibilidade à rede de apoio mantida no Paraná para as pessoas que necessitam de atendimento especializado. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) é uma das ações de gestão, com a promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação psicossocial.

“Temos realizado grandes investimentos e ações nas linhas de cuidado em saúde mental, desde a promoção de eventos, a capacitação de servidores e campanhas de combate a males como a depressão. Nosso objetivo é formar equipes multiprofissionais, com olhar humanizado, acolhedor e atencioso para melhor atender a todos que necessitem deste tipo de serviço”, disse.

Desde a sua idealização, em 2014, a campanha nacional Janeiro Branco enfatiza ações capazes de promover saúde mental, como políticas públicas específicas para essa área e condições sociais dignas de existência; práticas de exercícios físicos; autoconhecimento; qualidade de vida; contato com a natureza; autonomia; sentidos próprios de vida, entre outros fatores que possam trazer bem-estar.

Perto de completar dez anos do lançamento, o tema escolhido para este ano foi “A vida pede equilíbrio”, estimulando a melhoria nas relações humanas, o enfrentamento e combate do estigma sobre os adoecimentos mentais e a valorização e fortalecimento de políticas públicas.

AÇÕES – No final de 2022, a Sesa formou mais de mil profissionais no Curso de Aperfeiçoamento em Saúde Mental para a APS, em parceria com a Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP). Além dessa capacitação, também foi realizada a V Conferência Estadual de Saúde Mental, na qual foram eleitos 64 delegados para representar o Estado na etapa nacional, que acontecerá em maio, em Brasília. 

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Essa conferência resultou em 12 propostas, que agora serão debatidas em âmbito federal e futuramente poderão colaborar para a melhoria da qualidade da assistência prestada na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).

O Governo do Estado também autorizou, em fevereiro do ano passado, o incremento de 40% no valor pago das diárias para leitos de psiquiatria ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento de adultos e adolescentes.

A medida beneficia 11 hospitais e representa um investimento anual de R$ 12 milhões a mais por ano – valor que pode ser ainda maior com o aumento no número de atendimentos. Foi autorizado, ainda, o custeio mensal no valor de R$ 2 mil às equipes Multiprofissionais de Atenção Especializada em Saúde Mental (eMAESM).

LEI E PÓS-PANDEMIA– Em março de 2018, a Lei Estadual nº 19.430 instituiu este mês para a realização de ações preventivas e campanhas educativas para a difusão da saúde mental pelo Poder Público, iniciativa privada e outros setores da sociedade civil organizada.

Os anos recentes de pandemia da Covid-19 deram maior destaque à importância do cuidado à saúde mental da população, que foi amplamente impactada. Vários estudos ressaltam o aumento de sintomas como ansiedade, depressão, assim como do uso de substâncias psicoativas (que agem no cérebro, alterando as sensações, o estado emocional ou o nível de consciência).

“O campo da saúde mental é complexo, e com a Covid-19 houve uma necessidade ainda maior desse olhar atento, pois é um dos grandes gargalos e desafios no pós-pandemia. Os serviços de saúde estão voltados para essa necessidade e chamam a atenção para a prevenção dos agravos, que pode fazer toda a diferença na vida de uma pessoa”, complementou o secretário.     

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O estudo One Year of Covid-19, realizado pelo Instituto Ipsos, apontou que 53% das pessoas entrevistadas dentro de um grupo amostral no Brasil dizem ter piorado a condição mental desde o início da pandemia, e dentre os 30 países participantes da pesquisa, o Brasil ocupou o quinto lugar em relação às maiores consequências da doença na saúde mental da população.

A Ipsos foi a primeira instituição de pesquisa do mundo a aderir ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), com o compromisso de realizar pesquisas voltadas aos direitos humanos, trabalho, ambiente e combate à corrupção.

ATENDIMENTO – Atualmente, a Linha de Cuidado em Saúde Mental no Paraná é composta por diversos equipamentos da RAPS. São 153 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em suas diferentes modalidades, cinco Unidades de Acolhimento (UA), sete Serviços Integrados de Saúde Mental (SIMPR), que é a conjunção de um CAPS AD III e uma UA de âmbito regional.

Estão à disposição da população, além disso, 14 Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), oito Equipes de Consultórios na Rua, 41 eMAESMs, 36 leitos em Serviço Hospitalar de Referência (leitos de saúde mental em hospitais gerais), o que totaliza 57 leitos para atendimento regional, além dos mais de 1.800 leitos em Hospitais Especializados em Psiquiatria.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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