15 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    AGRONEGÓCIO

    Preço do frete apresenta alta em todas os Estados analisados pela Conab

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    Variação de preços oscilou entre 9% (na rota Campo Mourão a Paranaguá – PR) e 96% (na rota Cristalina a São Simão – GO), na comparação com novembro de 2021. Em contrapartida, na comparação com outubro de 2022, constata-se estabilidade ou pequenas variações.

     

    O preço do frete em novembro de 2022 aumentou em todas as praças analisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) conforme divulgado na edição de dezembro do Boletim Logístico, publicado no site da estatal. A variação de preços oscilou entre 9% (na rota Campo Mourão a Paranaguá – PR) e 96% (na rota Cristalina a São Simão – GO), na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em contrapartida, na comparação com outubro de 2022, constata-se estabilidade ou pequenas variações.

    O mês de novembro de 2022 apresentou demanda por fretes enfraquecida na maioria dos estados analisados, com movimento típico de entressafra. Espera-se o reaquecimento do mercado a partir de janeiro de 2023, com a aceleração da colheita de soja. De forma geral, o mercado interno manteve uma demanda firme de grãos e farelos com destino às regiões produtoras de rações animais no Sul do Brasil, compensando parcialmente a diminuição no volume das exportações.

    Com relação aos preços, as demais praças seguem comportamento semelhante ao registrado no estado goiano, com aumento geral das cotações de frete quando comparado com o mesmo período de 2021. Já com relação aos valores praticados no mês passado se verifica uma leve queda para a maioria das praças.

    Em alguns locais, questões pontuais contribuíram para as oscilações. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, as incertezas em relação ao momento político, a expectativa quanto ao comportamento do mercado, entre outros fatores, influenciaram para a redução das movimentações dos produtos rumo aos portos. No Distrito Federal, o clima chuvoso deste período também foi um fator que limitou os embarques locais de grãos.

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    Já no Paraná, além dos protestos nas rodovias, a queda na demanda também decorreu da baixa disponibilidade de soja na região de Ponta Grossa, uma vez que cerca de 99% da produção já havia sido comercializada. Na região do Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia) e centro da Bahia, houve equilíbrio entre oferta e demanda para o transporte de milho e hortifrutis e as cotações apresentaram-se estáveis. Já no Piauí, a tendência de queda nos preços pode ser explicada principalmente pela diminuição dos estoques, como observado em outubro e intensificado em novembro.

    O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que contém dados coletados nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Bahia e Piauí. O estudo mostra aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra.

    Exportações

    O volume acumulado das exportações de milho entre janeiro e novembro de 2022 atingiu 37,2 milhões de toneladas, contra as 17 milhões apuradas no mesmo período do ano passado, o que representa crescimento de 118,8%. O forte ritmo das exportações brasileiras tem sido impulsionado pelos excelentes preços internacionais ao longo da temporada, a despeito das expectativas recentes, que apontam para uma maior folga no quadro de oferta e demanda mundial.

    Até o início deste ano, a China importava milho principalmente dos Estados Unidos e da Ucrânia. Com a guerra com a Rússia e o desentendimento com o governo chinês, em razão da questão taiwanesa, o gigante asiático passou a adquirir mais produtos alternativos, como sorgo e cevada, além de buscar novos fornecedores de milho. O cenário beneficiou as negociações com o Brasil, e as exportações do milho nacional para a China já aumentam a partir desta safra comercial.

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    Por outro lado, as exportações brasileiras de soja apresentaram queda de 7,67%, reflexo da redução na produção brasileira deste ano e do menor ritmo observado na comercialização interna. O volume acumulado comercializado entre janeiro e novembro de 2022 foi de 77 milhões de toneladas, contra 83,4 milhões em igual período de 2021. As últimas semanas foram marcadas por oscilações na Bolsa de Chicago, particularmente devido ao retorno do “dólar soja” na Argentina, que voltou a vigorar a partir de 28 de novembro.

    O “dólar soja” estabelece uma taxa de câmbio específica para o complexo soja, o que impulsionou fortemente as vendas daquele país, ao ponto de o grão argentino ter retirado compradores dos Estados Unidos, impactando Chicago negativamente. Adicionalmente, a desvalorização do dólar no Brasil enfraquece o potencial de vendas externas. No comparativo com as exportações brasileiras de outubro de 2022, a oleaginosa apresentou em novembro uma redução de 31,7%.

    O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que contém dados coletados nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Bahia e Piauí. O estudo mostra aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a análise completa desta edição no site da Companhia.

     

    Fonte: Ascom Conab

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    AGRONEGÓCIO

    Suinocultura se consolida como um dos principais polos produtivos do Brasil

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    Mato Grosso do Sul se destaca como um dos maiores produtores de carne suína do Brasil, consolidando-se como referência no setor da suinocultura. O estado, com uma produção crescente e em constante evolução, se prepara para figurar entre os cinco maiores produtores e exportadores do país, com um futuro promissor que inclui investimentos robustos, inovações tecnológicas e um mercado internacional em expansão.

    Em 2024, o estado registrou o abate de mais de 3,39 milhões de suínos, resultando em cerca de 315 mil toneladas de carne. O setor movimenta uma cadeia produtiva significativa, gerando aproximadamente 32 mil empregos diretos e englobando 129 empresas no segmento. Além disso, Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a 6ª posição no ranking nacional de exportações de carne suína, com uma expectativa de alcançar a 5ª posição nos próximos anos.

    A suinocultura sul-mato-grossense tem se destacado pela alta qualidade e modernização do setor. Investimentos em biosseguridade, como o programa “Leitão Vida”, que já destina recursos significativos para modernizar as granjas e promover o bem-estar animal, têm sido fundamentais para o crescimento sustentável da atividade. Com mais de R$ 64 milhões investidos no programa nos últimos anos, o estado tem conseguido avançar não apenas na produtividade, mas também na implementação de práticas inovadoras e sustentáveis.

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    O avanço da infraestrutura logística, com a melhoria das rodovias e a ampliação do acesso aos mercados internacionais, também tem sido crucial para a suinocultura sul-mato-grossense. A Rota Bioceânica, por exemplo, promete abrir novos mercados na Ásia, proporcionando uma maior competitividade para o setor e ampliando a capacidade de exportação.

    Com polos produtivos em diversas regiões do estado, como Dourados, Sidrolândia e São Gabriel do Oeste, o setor se caracteriza pela diversificação e pela força das cooperativas e associações locais. A presença de instituições de ensino e pesquisa, como a Embrapa e a UFMS, tem contribuído para a capacitação da mão de obra e o desenvolvimento de novas tecnologias, que garantem a sustentabilidade e a inovação contínua da atividade.

    O crescimento da suinocultura em Mato Grosso do Sul também está atrelado ao aumento do consumo interno e à abertura de novos mercados. Com a retirada da vacinação contra a febre aftosa e o reconhecimento do status de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil tem avançado nas negociações com mercados internacionais, como a União Europeia, que ainda não importa carne suína brasileira. Esse fator representa uma oportunidade estratégica para expandir as exportações e aumentar a competitividade da carne suína brasileira no exterior.

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    A suinocultura de Mato Grosso do Sul, com sua organização e compromisso com a sustentabilidade, vem se consolidando como uma das grandes forças do agronegócio brasileiro. O desafio agora é continuar crescendo com responsabilidade, mantendo a qualidade da produção e respeitando o meio ambiente, para que o estado siga como um líder no setor suinícola nacional.

    Fonte: Pensar Agro

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