NOVA AURORA

PARANÁ

Empresa pública Portos do Paraná leva princípios da permacultura a 15 comunidades

Publicado em

A Portos do Paraná, por meio da diretoria de Meio Ambiente, reformulou em 2022 a estratégia do seu Programa de Educação Ambiental (PEA). A nova proposta leva às 15 comunidades que estão nas áreas de abrangência dos portos de Paranaguá e Antonina, os princípios e ética da permacultura – que é cuidar das pessoas, cuidar do planeta e a partilha justa da distribuição dos excedentes.

A permacultura consiste no planejamento de ocupações humanas sustentáveis, unindo práticas ancestrais aos conhecimentos de ciências agrárias, engenharias, arquitetura e ciências sociais, sempre sob a ótica da ecologia. Todos os projetos ambientais e monitoramentos executados pela Portos do Paraná têm relação direta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), do qual a empresa pública é signatária.

Na nova estruturação, o programa conta com cinco linhas de atuação: fortalecimento da pesca artesanal, fortalecimento das associações, saneamento básico, apoio ao público jovem, turismo e cultura socioambiental. Todos pensados através do princípio da permacultura. “A partir disso, desenvolvemos várias pequenas ações que nos permitem resolver problemas que percebemos dentro das comunidades”, avalia o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.

Segundo ele, muitas dessas ações já acontecem na prática. “São os sistemas alternativos de esgotos, a preservação de nascentes no modelo caxambu, o Selo Verde para pousadas na Ilha do Mel, a capacitação dos jovens, os ensinamentos de compostagem, a conscientização sobre os cuidados com os manguezais, entre outros”, completa.

Confira outras ações ambientais da Portos do Paraná:

SELO VERDE – Vinte e quatro estabelecimentos da Ilha do Mel foram certificados em 2022 com o Selo Verde, chancela ambiental criada para reconhecer empresas que fazem a coleta seletiva e destinação correta do lixo. A iniciativa reúne Portos do Paraná, Prefeitura de Paranaguá e moradores, com o objetivo de proteger o meio ambiente e as belezas naturais de um dos destinos paranaenses mais procurados.

PRAD – A Portos do Paraná construiu ao longo do ano oito viveiros comunitários para produção e manutenção de mudas de árvores, que serão usadas na recuperação de áreas degradadas. A intenção é recuperar 40 hectares de áreas, seja na beira de rios ou no entorno de nascentes. A ação faz parte do Programa de Recuperação de Áreas de Preservação Permanente Degradadas, o PRAD.

Leia Também:  Compagas recebe 22 propostas em chamada pública para aquisição de biometano

Os viveiros vão atender as propriedades agrícolas parceiras, dentro da Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, nos núcleos Rio do Nunes, Cedro, Boa Esperança, Guardiões e Guardiãs da Mata Atlântica, São Sebastião, Água Viva, Vale do Gigante e Esperança.

Paralelamente à implantação dos viveiros, a Portos do Paraná firmou um convênio com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) para avaliar a quantidade de sedimento que vai deixar de chegar até o estuário com a recuperação de áreas degradadas por sistemas agroflorestais.

SEMANA DO MEIO AMBIENTE – A Portos do Paraná participou da 15ª Semana do Meio Ambiente, organizada pela Prefeitura de Paranaguá, com o tema “Preservação ambiental significa um compromisso com a vida, a terra é nossa, cuidemos dela com amor”. No estande da empresa pública, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer o Projeto Fauna, equipamentos de contenção de óleo e uma minicomposteira, além de levar para casa vários materiais educativos.

CORTE E COSTURA – Outra ação desenvolvida pela empresa pública, em parceria com a Prefeitura de Paranaguá e o Serviço Social do Comércio (Sesc), em 2022, foi com cursos que visam a capacitação e o desenvolvimento de ações que possam gerar renda para moradores das comunidades que estão nas áreas de abrangência dos portos paranaenses. Alunas da Ilha de Piaçaguera tiveram a oportunidade de participar do curso de corte e costura.

A ação está alinhada ao programa de Educação Ambiental da empresa pública, como ação de compensação da licença ambiental de operação, liberada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

TEATRO – Ao longo do ano, mais de 500 crianças assistiram à peça teatral “O Velho, o Burro e o Manguezal”, em todas as escolas localizadas nas comunidades ilhadas, em Antonina e Paranaguá. Mais uma ação que acontece dentro do Programa de Educação Ambiental da Portos do Paraná.

Leia Também:  PCPR prende 14 pessoas envolvidas com tráfico de drogas no Oeste do Estado

TRILHAS DO AMANHà– A Portos do Paraná deu início em 2022 ao projeto “Trilhas do Amanhã”, promovido em parceria com a rede estadual de ensino. Voltado para jovens moradores das ilhas do Litoral, inclui palestras, capacitações e oficinas que preparam os estudantes do ensino médio para o mercado de trabalho.

PORTO CIDADE – Mais de 500 pessoas foram atendidas em Antonina pelo Porto Cidade, que levou diversos serviços relacionados à educação ambiental, saúde, credenciamento de programas sociais e geração de emprego. Com a coordenação da Portos do Paraná e da prefeitura do município, o evento lotou o Centro Esportivo Educacional de Antonina, com a presença de moradores, instituições e empresas que ofereceram os serviços. Em Paranaguá, a Portos do Paraná participou de quatro edições do Porto Cidade, levando conhecimento ambiental para 2 mil pessoas.

SEMINÁRIOS DA PESCA – A Portos do Paraná promoveu também cinco Seminários da Pesca, na Ilha de Amparo, Antonina, Ilha dos Valadares, Eufrasina e Guaraqueçaba. O objetivo foi apresentar aos pescadores os dados de produção levantados através do Programa de Monitoramento da Atividade Pesqueira, desenvolvido pela empresa pública, além de levantar sugestões, observações e anseios dos pescadores locais.

COMPOSTAGEM – Alunos da escola municipal de Nova Brasília e do colégio estadual Lucy Requião, na Ilha do Mel, receberam aulas práticas de compostagem. A iniciativa envolveu 40 crianças, além de professores, merendeiras e equipe pedagógica das escolas. Também utilizando métodos de permacultura, recentemente foram feitos na Ilha do Teixeira três bancos, que formaram uma praça, elaborados no sistema hiperadobe; foram construídas espirais de ervas na comunidade de Eufrasina e na Ilha do Mel e um forno para os moradores de Piaçaguera.

Fonte: Governo do Paraná

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

Published

on

By

O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

Leia Também:  No Dia do Jovem, programa Agentes da Cidadania é destaque para transformar vidas

A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

Leia Também:  Rede estadual é modernizada, recebe novos equipamentos e novidades pedagógicas

“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA