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Ano da Nova Ferroeste é marcado pela aprovação da sociedade e divulgação do edital

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Em 2022, dois pontos principais marcaram o projeto da Nova Ferroeste: o edital do leilão e o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) debatido com a sociedade. Agora, o edital passa pela revisão final e o Governo do Paraná aguarda o parecer do órgão licenciador sobre a emissão da Licença Prévia Ambiental.

O projeto da Nova Ferroeste amplia as duas pontas da atual Ferroeste, que opera entre os municípios de Cascavel e Guarapuava. Além de ligar Maracaju (MS) com o Porto de Paranaguá, dois ramais vão partir de Cascavel até Chapecó, em Santa Catarina, e Foz do Iguaçu, na fronteira com a Argentina e o Paraguai. Ao todo serão 1.567 quilômetros de trilhos que vão passar por 66 municípios nos três estados.

“O projeto é transformador, vai mudar a realidade do País e deixar um legado para as futuras gerações”, afirma Luiz Henrique Fagundes, coordenador do Plano Estadual Ferroviário. “Hoje um contêiner refrigerado que sai de Cascavel leva cinco dias para chegar ao Porto de Paranaguá, com a Nova Ferroeste esse tempo cai para 20 horas. A produção brasileira se torna mais competitiva, as empresas crescem e geram empregos, se cria um ciclo virtuoso”.

Proposto pelo Governo do Paraná, o projeto recebe ampla aprovação, principalmente do setor produtivo, que prevê ganho em agilidade e redução de custos no transporte de produtos, com grande impacto na economia. A região Oeste será uma das mais beneficiadas, segundo avaliação de empresários.

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“Em Cascavel estamos distantes de Paranaguá, a dificuldade logística é grande e esse projeto nos dá entusiasmo. A ferrovia vai atrair novos investimentos, principalmente no agronegócio, porque a região é muito rica e tem mão de obra”, afirmou Genésio Pegoraro, presidente da ACIC.

O Oeste do Paraná concentra algumas das maiores empresas de alimentos do País, em especial as cooperativas de proteína animal. Hoje, apenas 2% de tudo que chega por trilhos ao Porto de Paranaguá têm origem nessa região.

AUDIÊNCIAS PÚBLICAS – O Estudo de Impacto Ambiental é um documento com três mil páginas, elaborado por uma equipe multidisciplinar formada por biólogos, geólogos e sociólogos. O resultado é uma radiografia do traçado da Nova Ferroeste sob aspectos ambiental e socioeconômico. O estudo envolve 49 dos 66 municípios – não está contido no documento o ramal de Chapecó.

Ele foi apresentado e discutido em maio deste ano com mais de 4 mil pessoas participantes das sete audiências públicas realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis, o Ibama. Seis municípios do Paraná e um do Mato Grosso do Sul sediaram os encontros, agendados pelo órgão licenciador e organizados pelo Governo do Paraná.

Durante a viagem, os representantes do Ibama realizaram as visitas técnicas a diversos pontos do traçado e sobrevoaram todas as áreas. O processo de licenciamento se encontra na fase final e o parecer sobre a emissão da Licença Prévia deve ocorrer no primeiro semestre de 2023.

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EDITAL DO LEILÃO – Em junho de 2022 foi divulgado o edital do projeto com as regras  do contrato firmado entre o governo e o vencedor do leilão na B3, em São Paulo, em 2023. Todo o conteúdo do edital ficou disponível na página da Nova Ferroeste para consulta e contribuições.

Estão contidos os cinco contratos do governo estadual (um de concessão e quatro de autorização) com o Ministério da Infraestrutura. O Governo do Paraná vai ceder os contratos, mediante o valor mínimo de R$ 178 milhões.

O pregão será na Bolsa de Valores, ainda sem data definida, e quem der o maior lance ficará responsável pelas obras e a exploração da malha férrea por 99 anos. Este valor será revertido integralmente para a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A., administradora do atual trecho em operação.

O contrato prevê a execução do trecho entre Paranaguá e Cascavel nos primeiros sete anos a partir da vigência do contrato. A sequência das obras de ligação com Foz do Iguaçu, Chapecó e Maracaju serão definidas após esse prazo.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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