O Parque Estadual do Guartelá, localizado em Tibagi, nos Campos Gerais, agora conta com espaço apropriado para receber motorhomes, uma casa sobre rodas. O espaço, com capacidade para dez veículos ao mesmo tempo, foi inaugurado nesta segunda-feira (19) pelo secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), Everton Souza.
O local, de cerca de dois mil metros quadrados, possui energia elétrica nas voltagens 110 e 220 e pontos de água, além de guarda 24 horas. Os viajantes ficarão perto do Centro de Visitantes, podendo também utilizar os sanitários do local. A construção do novo espaço levou cerca de 30 dias. Ele foi viabilizado dentro do que define a Portaria IAT nº 71/2022, elaborada pela alta procura de turistas nesse segmento.
O secretário destacou que é uma atração a mais ao Estado e uma possibilidade para que esses viajantes fiquem mais tempo na região. “Essa é a visão do governador, de usar o nosso patrimônio natural para promover a qualidade de vida às pessoas, gerar emprego e renda, além de fomentar a economia das cidades com o turismo”, disse.
“O turismo é deslocamento de PIB e a gente sabe que essa é a linha de trabalho do governador. Ter feito esse espaço será um divisor de águas e, por extensão, sabemos que haverá mais giro de economia na cidade de Tibagi”, destacou o secretário municipal de Turismo, Rhamonn Cottar.
A região dos Campos Gerais possui diversos atrativos culturais, gastronômicos e uma natureza privilegiada, que contempla mais de 90 saltos e cachoeiras. A expectativa é de atrair motorhomes ao Parque Estadual do Guartelá de outros estados do Brasil e de países da América do Latina. O parque fica a 320 km do Litoral paranaense e a 630 km de Foz do Iguaçu.
A portaria viabiliza a criação de espaços destinados a motorhomes em 12 Unidades de Conservação do Paraná. Além do Guartelá e de Vila Velha, que também já possui infraestrutura, serão permitidos os veículos nos Parques Estaduais do Monge, da Serra da Esperança, do Lago Azul, Vila Rica do Espírito Santo, São Camilo, Rio Guarani, do Palmito, Mata São Francisco, de Campinhos, e no Monumento Natural Salto São João.
COMO USAR – A utilização do espaço deve respeitar regras para garantir a conservação do patrimônio público. “Todos os interessados devem acessar o site do IAT para reservar seu espaço e desfrutar com seu motorhome”, destacou o diretor de Políticas Ambientais da Sedest e diretor do Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.
Os motorhomes podem ficar apenas na área designada a eles, normalmente nos estacionamentos. O interessado poderá visitar a Unidade de Conservação normalmente, mas no caso das UCs concessionadas é preciso consultar a empresa. Não será disponibilizado espaço para limpeza e esvaziamento de caixa de detritos.
Eles podem pernoitar, mediante pagamento da taxa de 0,20 UPF/PR por veículo, por dia. O valor aproximado é de R$ 30.
Integrante de um grupo com 600 estradeiros proprietários de motorhomes, Ivo Brem elogiou o nosso espaço. “Para nós, ter um espaço desse é tão importante quanto ter uma estrada para rodar. Se não tiver esse espaço, não há motivo de ter um motorhome. Quem tem um veículo desses está sempre dentro de casa e viaja para onde quiser no seu conforto”, afirmou.
Segundo Paulo Zanim, diretor da Pura Vida, empresa que aluga motorhomes, saber que seus clientes irão pernoitar em um ambiente seguro faz toda a diferença e promove ainda mais a procura por esse segmento do turismo. “Nosso negócio é alugar motorhomes para quem quer fazer uma viagem com uma experiência diferenciada e espaços como este oferecem segurança e apoio aos viajantes”, destacou.
ACESSO PARA CACHOEIRA – O secretário Everton Souza também conheceu e inaugurou o novo acesso à cachoeira da Ponte de Pedra, com deck e escada. Ele foi construído com eucalipto, material exótico utilizado para construção civil e de baixo custo.
A nova estrutura era necessária para promover a segurança dos visitantes, já que as rochas podem apresentar riscos de quedas, além do decline que o local apresenta”, disse o chefe regional do IAT em Ponta Grossa, Ivan Moreira.
Além do deck, foi construída uma escada para dar acesso à atração derivada da força das águas do Córrego Pedregulho. O Parque Estadual do Guartelá também abriga o Cânion do Rio Iapó, o 6º maior do planeta em extensão.
Ao longo de 798 hectares, é possível caminhar por trilhas interpretativas, contemplar a paisagem, visitar sítios pré-históricos, banhar-se nas áreas permitidas, observar as espécies de fauna e flora e desenvolver pesquisas científicas, com a devida autorização do IAT. O parque fica aberto de quarta-feira a domingo e nos feriados, das 9h às 18h.
Em Japurá, Estado promove repovoamento do Rio Ivaí com 150 mil peixes nativos
Published
10 horas ago
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11 de abril de 2025
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O Rio Ivaí, em Japurá, na região Noroeste, ganhou nesta sexta-feira (11) mais 150 mil peixes de espécies nativas do Paraná. A ação integra o projeto Rio Vivo, desenvolvido pela Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SDBHP), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). Além disso, com apoio de crianças da rede pública de ensino, houve o plantio de mudas de espécies nativas do Estado para a proteção da mata ciliar.
O repovoamento foi feito com traíras e lambaris, todos em estágio juvenil de desenvolvimento, ou seja, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos. Neste sábado (12), a partir das 8 horas, a atividade se dará em Doutor Camargo (Noroeste), também no Ivaí, com a soltura de mais 150 mil peixes.
“O Ivaí é um dos rios mais importantes do Paraná, sem barragens, um lugar perfeito para pesca esportiva. Um verdadeiro tesouro natural que ganhou ainda mais vida com a soltura dessa nova leva de peixes”, afirmou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca. “Esse evento que foi uma verdadeira aula ambiental de um Paraná cada vez mais sustentável”.
O programa Rio Vivo segue os critérios estabelecidos pela Resolução Sedest/IAT nº 10, para evitar a introdução de espécies exóticas nos rios e selecionar peixes com genética e tamanho ideais para o repovoamento.
A ação ambiental no Noroeste integra a segunda fase do projeto, iniciada em novembro de 2024, e prevê a soltura de 2,626 milhões de peixes nas bacias dos rios Tibagi, Piquiri, Iguaçu e Ivaí – no ciclo inicial, entre 2021 e 2022, foram soltos 2,615 milhões de peixes. O investimento nesta nova etapa é de R$ 557,8 mil.
A meta do Governo do Estado é repovoar as bacias locais com 10 milhões de animais, de espécies como traíra, pacu e pintado, até 2026.
PROJETO RIO VIVO – O Rio Vivo é uma ação da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável em parceria com o Instituto Água e Terra, executada pela SDBHP a partir de 2021. O projeto prevê a conservação das principais bacias hidrográficas do Paraná, otimizando os usos da água e trabalhando na recomposição da ictiofauna e preservação dos ecossistemas locais.
Além dos esforços para com o meio ambiente, a proposta estimula ações de educação ambiental com a população lindeira e crianças em idade escolar, incrementando o caráter social do Rio Vivo.
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