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Em 2020, 66,1% do PIB do Paraná foi gerado no Interior do Estado

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Os municípios do Interior do Paraná responderam por 66,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná em 2020. Divulgado nesta sexta-feira (16), este é o maior percentual de participação das localidades de fora Região Metropolitana de Curitiba (RMC) na economia desde o início da série histórica realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

O movimento de descentralização da produção de riquezas no Estado pode ser verificado na evolução das grandes economias municipais. No início da década passada, os dez maiores municípios do Paraná respondiam por 56,8% do PIB. Em 2018, o índice era de 50,9% e, no mais recente levantamento, de 49,3%.

Segundo o diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Curado, o resultado pode ser explicado, em parte, pelo aumento dos investimentos no ramo agroindustrial. “Diante dos vultosos investimentos produtivos que continuam sendo realizados no Interior do Estado, principalmente no setor agroindustrial, não surpreende o avanço desses municípios, tornando o Estado mais equilibrado em termos econômicos”, afirma.

Entre as medidas de maior impacto para o agronegócio nos últimos anos está a obtenção dos certificados de área livre de febre aftosa sem vacinação e de área livre de peste suína. Os selos eram buscados pelo Paraná há mais de 60 anos, e, somados às políticas de produção sustentável, estão ajudando a ampliar o mercado consumidor da produção agropecuária paranaense. Nos últimos anos o Paraná recebeu o maior frigorífico de suínos da América Latina e a maior fábrica de empanados do mundo, ambas em cidades do Interior.

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A oferta de crédito com juros zero para melhorias das propriedades rurais, via Banco do Agricultor, a instalação de mais de 10 mil quilômetros de redes trifásicas (Paraná Trifásico), ampliando o potencial de produção da agroindústria, e a pavimentação de mil quilômetros de estradas rurais, que facilitam o escoamento da safra, são outros exemplos de ações que contribuíram com o desenvolvimento econômico do Estado.

No caso da RMC, que foi responsável por 33,9% do PIB estadual em 2020, o economista pondera que as medidas restritivas implementadas em função da pandemia, sobretudo naquele ano, contribuíram com a desaceleração econômica no período. Ele lembra que o setor de serviços, que corresponde pela maior fatia do PIB nos 29 municípios que compõe a região, incluindo a Capital, foi o mais impactado pela redução na circulação de pessoas.

RÉPLICA NACIONAL – No cenário nacional, em 2020, nove municípios responderam por quase 25% do PIB nacional. Entre eles está a Curitiba, acompanhada de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Osasco, Porto Alegre e Guarulhos. Em 2002, apenas quatro municípios, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, tinham essa parcela da economia nacional, o que também representa a entrada de novos atores no cenário.

Para o diretor do Centro de Pesquisa do Ipardes, Julio Suzuki, o PIB de 2020 deve ser analisado à luz da pandemia, mas mostra que os municípios da RMC resistiram muito bem ao período mais agudo da doença e tiveram o auxílio das políticas públicas, com tendência muito alta de recuperação a partir da retomada normal das atividades econômicas. Os investimentos públicos em infraestrutura e o bom ambiente de negócios colaboram com essa percepção.

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“Os bons avanços dos pequenos estão ligados principalmente com o relevante peso econômico do agronegócio, sendo relevantes também os efeitos das políticas de desenvolvimento adotadas pelo governo paranaense, de caráter mais amplo e que não pararam na pandemia. Os grandes municípios tiveram muita capacidade de adaptação e seguem sendo referências nacionais em produção de bens e consumo”, disse Suzuki.

QUARTA MAIOR ECONOMIA – Em 16 de novembro, o IBGE revelou que o PIB paranaense totalizou R$ 487,93 bilhões em 2020 e alcançou o patamar de quarta maior economia do País, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Este é apenas a segunda vez na história que o Paraná chega a esse posto. A primeira e única até então havia sido em 2013. O Estado também registrou em 2020 a maior participação da história na formação do PIB nacional nas duas últimas décadas: 6,412%. Foram produzidos R$ 487,93 bilhões no Estado de um total de R$ 7,609 trilhões da soma dos demais estados e do Distrito Federal.

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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