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Após COP15, Paraná pode ser beneficiado com projetos para restauração da Mata Atlântica

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Estado com uma das maiores áreas remanescentes da Mata Atlântica no País, o Paraná pode ser beneficiado com projetos e financiamentos para a restauração e conservação do bioma. Durante a COP15, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a biodiversidade, realizada nesta semana em Montreal, no Canadá, a ONU reconheceu o Pacto Trinacional da Mata Atlântica como um dos 10 esforços pioneiros para reavivar o mundo natural em todo o planeta.

O Paraná está entre os entes brasileiros que fazem parte da iniciativa, coordenada pelo Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e pela Rede Trinacional para a Restauração da Mata Atlântica, formada pelo Brasil, Argentina e Paraguai. As Iniciativas de Referência da Restauração Mundial se tornam elegíveis para receber apoio, financiamento e expertise técnica da ONU.

Um dos representantes do Paraná na COP15, Rafael Andreguetto, diretor de Políticas Ambientais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), explica que o reconhecimento traz um novo patamar para as negociações com mecanismos internacionais que podem contribuir com projetos de conservação do bioma.

“Com a Mata Atlântica como uma das áreas prioritárias para restauração na próxima década, teremos uma aceleração na recuperação do bioma e também o fortalecimento, com novos investimentos, de iniciativas com esse propósito”, afirma Andreguetto. “Mais de 90% do território paranaense estão na Mata Atlântica. Isso possibilitará restaurar e conservar nossas áreas e também facilitará a captação de recursos para esse fim”.

Na conferência, Andreguetto e os diretores da Invest Paraná, Eduardo Bekin (diretor-presidente) e Giancarlo Rocco (Relações Internacionais e Institucionais), se reuniram com agências de investimentos internacionais, buscando financiamento para projetos voltados à preservação da biodiversidade, incluindo reuniões com o UNCDF, Fundo de Desenvolvimento de Capital da ONU, com o Banco de Desenvolvimento Asiático, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros organismos.

NO PARANÁ – Junto com Santa Catarina e São Paulo, o Paraná compõe o maior corredor com faixa contínua de Mata Atlântica do mundo. A área, conhecida como Grande Reserva Mata Atlântica, é o maior e mais bem conservado remanescente do bioma no Brasil, com cerca de 28% da área total legalmente protegida e diversas Unidades de Conservação que correspondem a mais de 470 mil hectares.

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Além disso, o Paraná está entre os três estados com o maior número de Unidades de Conservação do bioma. Levantamento da ONG SOS Mata Atlântica mostra que Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná concentram, juntos, 66% do total do País. Esses locais contribuem com a conservação da biodiversidade e com a proteção das nascentes de água.

Iniciativas como o Paraná Mais Verde, que incentiva o plantio e distribuição de mudas de árvores nativas em todo o Estado, auxiliam na recomposição florestal da Mata Atlântica, além de valorizar a arborização urbana e rural. Desde 2019, foram distribuídas 7 milhões de mudas, o que equivale a uma área em restauração de 5,5 mil hectares ou 5,5 mil campos de futebol.

Nos últimos anos, o Paraná também estruturou espaços para atendimento da fauna silvestre vitimizada, os chamados Centros de Apoio de Fauna Silvestre (Cafs). Foram implantadas unidades em Guarapuava, Londrina, Cascavel, Maringá e Curitiba, além do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) Campos Gerais, em Ponta Grossa. Eles já receberam, triaram, trataram e devolveram para a natureza ou locais especializados cerca de 10 mil animais silvestres apreendidos ou resgatados.

Já o Programa o Programa de Apoio às Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), desenvolvido pela Invest Paraná, é voltado à bioeconomia, unindo a geração de renda à preservação do meio ambiente. Ele busca fomentar as cadeias de valor e abrir mercados a produtos típicos paranaenses, produzidos de forma sustentável e de maneira tradicional.

O programa foi iniciado pelos municípios de Antonina, Morretes e Guaraqueçaba, no Litoral, onde se encontram as áreas mais preservadas da Mata Atlântica paranaense. Na região, as VRSs trabalham os conceitos de turismo de natureza e de base comunitária, além do aproveitamento de produtos regionais, como a banana, mandioca e açaí de juçara.

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COP15: Paraná pode ser beneficiado com projetos para restauração da Mata Atlântica

PARANÁ NA COP15 – Ainda na COP15, o Paraná se tornou membro-fundador da plataforma RegionsWithNature (RwN), da Regions4 e da associação Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI). A plataforma será utilizada para a promoção das iniciativas de governos subnacionais (estados, regiões e províncias) e municipais voltadas à preservação da biodiversidade, com a proposta de conectar as lideranças regionais, fornecer ferramentas e recursos para capacitação e troca de boas práticas de sustentabilidade.

O Estado também formalizou sua participação como membro oficial da Regions4, coalização internacional que coordena a Declaração de Edimburgo junto a esses governos. Também avançou nas negociações com o Secretariado da Convenção da Biodiversidade da ONU, com quem o Governo do Paraná mantém uma parceria desde 2008 para neutralizar as pegadas de carbono da entidade.

Além disso, o Paraná participou ainda de uma série de reuniões bilaterais para estreitar as relações e buscar novas parcerias com entidades, empresas e governos de outros estados ao redor do mundo. Destaque para os encontros com os governos da Lombardia, na Itália, e de Iucatã e Jalisco, do México.

Os representantes da comitiva paranaense também acompanharam painéis e plenárias ao longo do evento, discutindo temas como bioeconomia, certificações para biodiversidade, restauração de biomas, entre outros temas, além de participarem da 7ª Cúpula dos Governos Subnacionais e Municipais.

O Estado também apresentou a investidores e bancos de fomento internacionais o projeto da Nova Ferroeste, considerado pela Coroa Britânica como uma solução capaz de diminuir substancialmente a emissão de gases do efeito estufa e promover o crescimento econômico das regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil.

Fonte: Governo do Paraná

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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