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Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação estão transformando cenário de pesquisa no Paraná

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Teve início nesta segunda-feira (12), com a participação de mais de 200 pesquisadores e representantes do Governo do Estado, a Semana Geral dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs). Até sexta-feira (16), o evento híbrido (presencial e virtual) contará com debates relacionados aos grandes temas de inovação e deste século: transformação digital, desenvolvimento sustentável, agricultura, negócios, biotecnologia e saúde, energias renováveis, cidades inteligentes, sociedade, educação e economia.

Desde 2019, a Fundação Araucária (FA), em parceria com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), passou a estruturar NAPIs bem amplos, aproximando pesquisadores da iniciativa pública e privada, além de acadêmicos. Atualmente, já são mais de 30 NAPIs implantados ou em construção no Paraná. Essas pesquisas ajudarão a formatar inclusive novos modelos econômicos no Estado.

Ao contextualizar a estratégia, o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, explicou que os arranjos seguem diretrizes estabelecidas pelo Plano do Governo do Paraná 2019-2022 e englobam a promoção do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Os NAPIs produzem conhecimento de forma colaborativa por pesquisadores paranaenses e de outras regiões, a partir de demandas prioritárias de desenvolvimento de setores estratégicos. 

“Teremos uma semana de muito trabalho, focados nesta parte de avaliação e apresentação dos principais resultados alcançados até aqui. Em nossos levantamentos constatamos que o índice de contribuição dos NAPIs para o atendimento das demandas de desenvolvimento sustentável do Paraná ultrapassa os 70%”, disse. 

Para o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Odir Dellagostin, o formato otimiza o ecossistema e os investimentos em pesquisa. “O trabalho que está sendo desenvolvido pela Fundação Araucária está dando um exemplo de organização de trabalho em rede. E pesquisa é essencialmente isso, trabalho colaborativo”, afirmou.  

Para a diretora de Cooperação Institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Maria Zaira Turchi, o momento de apresentar os resultados é muito importante. “O NAPIs são uma grande contribuição para o Estado do Paraná e para o País. Precisamos ter programas, mas precisamos acompanhá-los de perto para aprimorá-los, como acontece neste evento, para responder de modo mais efetivo às demandas do País”, disse.

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Parte dos novos arranjos foca na criação de riqueza e bem-estar, levando à maior assertividade dos instrumentos de apoio e, consequentemente, melhor retorno sobre investimentos em pesquisa e desenvolvimento para a sociedade paranaense. “O Paraná vem se destacando em vários aspectos relacionados à ciência, tecnologia e inovação e com os NAPIs vemos a pesquisa básica se transformando em inovação, levando a Fundação Araucária a se destacar entre as demais fundações do Brasil” ressaltou o superintendente Geral de Inovação do Paraná, André Telles.

APOIO DA ACADEMIA – Os NAPIs tem como proposta a mobilização e integração entre território e ativos públicos e privados. Outro fator primordial é a integração com a Academia e as sete universidades estaduais. “Aderimos a esta parceria por entendermos que estes arranjos permitem que os ativos tecnológicos do Estado podem trabalhar na perspectiva de colaboração. Construímos uma união grande de ativos e pesquisadores em torno da cooperação”, comentou o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona.

“Para que se produza conhecimento voltado ao desenvolvimento do Paraná, a gente prospecta um orçamento da Fundação Araucária, em 2023, quase três vezes maior do que o do último ano”, complementou o superintendente. 

O diretor de Administração e Finanças da Fundação Araucária, Gerson Koch, disse que os NAPIs são a principal mudança implementada pela Fundação Araucária nessa gestão. “Por meio dos NAPIs estamos conseguindo fazer muito mais com muito menos. A integração dos atores e dos ativos permite que transformemos instituições antes concorrentes em complementares, alcançando excelentes resultados”, afirmou. 

PESQUISAS – Foram apresentados no primeiro dia o andamento dos trabalhos dos NAPIs Genômica, Manna Academy e Emergência Climática. A tarde ficou marcada pelas apresentações de Agricultura e Agronegócio. 

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Professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e articulador do NAPI Genômica, David Livingstone Figueiredo explicou os avanços conquistados na área, principalmente na saúde humana e agricultura e pecuária. “O NAPI Genômica é a primeira rede estadual com a ênfase de conectar pessoas de diversas áreas do conhecimento para, a partir de metodologia genômica e inteligência artificial, impactar a saúde humana e a agropecuária”, enfatizou o pesquisador. O programa é desenvolvido no Vale do Genoma, em Guarapuava.

“Iniciaremos em janeiro o Programa Genomas Paraná, criando o primeiro biobanco populacional com dados genômicos, clínicos e sociodemográficos de um estado brasileiro. É um passo gigante para o Paraná se destacar nacionalmente nessa área”, completou.

O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e articulador do NAPI Emergência Climática, Francisco de Assis Mendonça, disse que ciência e sociedade precisam caminhar juntas. “Construímos no Paraná uma rede visando não apenas o diagnóstico da situação das mudanças climáticas, mas também para entender como o Paraná contribui com as mudanças climáticas em geral, além de prognosticar condições futuras para mitigação dos eventos”, explicou. 

Criado a partir do Ecossistema Manna, o NAPI Manna Academy engloba um grupo de quase 200 professores e universitários de várias instituições públicas de ensino superior que fazem pesquisa, ensino, extensão e inovação em tecnologias exponenciais. 

“O grupo tem pesquisado tecnologias como Internet das Coisas, drones, jogos, inteligência artificial, acessibilidade e microeletrônica. Estamos em várias escolas públicas do Paraná levando este conhecimento e aproximando a universidade das escolas”, enfatizou a professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e articuladora do NAPI, Linnyer Beatrys Ruiz Aylon.

PROGRAMAÇÃO – Nesta terça-feira (13) serão apresentados o andamento dos trabalhos dos NAPIs relacionados às áreas de Biotecnologia e Saúde, a partir das 9 horas. Confira AQUI a programação da Semana Geral dos NAPIs.

O evento é transmitido pelo canal da Fundação Araucária no YouTube. Confira AQUI as apresentações desta segunda.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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