14 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

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    Em dez anos, Remição pela Leitura ajudou 35 mil pessoas no sistema penitenciário

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    O Programa de Remição pela Leitura da Polícia Penal do Paraná completou dez anos de sua implementação. Mais de 35 mil pessoas privadas de liberdade (PPLs) participaram da iniciativa realizando leitura de obras literárias e produção de textos, com contrapartida de redução da pena. O Paraná foi o primeiro estado do Brasil a regulamentar um programa como este (lei estadual nº 17.329/12).

    Mensalmente, a participação oscila entre 14% a 16% do total da população carcerária, o que representa, em média, 3.500 PPLs. Além disso, essas pessoas também têm a oportunidade de participar das iniciativas Leitura Livre e Leitura Direcionada, organizadas pelos nove Centros Estaduais de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJAs) que atendem esse público.

    O programa é uma parceria entre a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e a Secretaria de Educação e do Esporte (Seed), que disponibiliza professores de língua portuguesa e pedagogos para atuar nas atividades desenvolvidas, acompanhar as PPLs nas rodas de leitura e tirar dúvidas.

    De acordo com a regulamentação, o interno deve ler uma obra e elaborar um relatório de leitura/resenha, na presença do professor de Língua Portuguesa. Concluída todas as etapas: leitura, escrita e reescrita final de um resumo/resenha, o texto é avaliado de 0 a 10, sendo obrigatório atingir nota igual ou superior a 6. Nesse caso é permitida a leitura de somente uma obra literária por mês.

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    Para o diretor-geral da Polícia Penal, Osvaldo Messias Machado, um dos pilares do tratamento penal no Paraná é valorizar e ampliar a leitura. “Ela aproxima as pessoas da cultura e do conhecimento. Além disso, no caso das PPLs, o programa ajuda a direcionar a volta aos estudos para que essas pessoas possam ter novas oportunidades no mercado de trabalho quando retornarem à sociedade”, afirmou. Ele lembrou que essa modalidade é recomendada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Departamento Penitenciário Nacional.

    “O objetivo é oportunizar o direito ao conhecimento, educação, cultura e desenvolvimento da capacidade crítica, por meio da leitura e da produção de resenhas, e por conseguinte, possibilitar a remição pelo estudo”, acrescentou o coordenador estadual da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Seed, professor Anderson Muniz Canizella.

    COMEMORAÇÃO – Em comemoração aos dez anos, os CEEBJAs organizaram palestras, oficinas, shows, exposições de textos e trabalhos, encontro com escritores, produções literárias para publicação e rodas de leitura direcionadas às pessoas privadas de liberdade.

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    Essas atividades tiveram por objetivo reforçar a conscientização sobre a importância da leitura, ressaltar sua a contribuição na formação intelectual e lúdica do ser humano e contribuir com a divulgação e valorização da literatura nacional. Além disso, elas visaram oportunizar aquisição de conhecimento sobre as obras literárias do vestibular 2022/2023 da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a produção e elaboração de textos literários. 

    OUTRAS ATIVIDADES – Ao longo de 2022, por meio de uma parceria entre Sesp, Polícia Penal e Universidade Unila, sob a coordenação pedagógica de servidores das unidades prisionais, foram realizadas rodas de leitura que funcionaram como espaços de acolhimento da própria voz e da voz dos outros. Nas rodas, eles realizaram leituras, escritas e reescritas dos textos das obras lidas.

    Fonte: Governo do Paraná

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    Semana Cultural Indígena Guarani deve reunir quase 5 mil pessoas em Diamante D’Oeste

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    Diamante D’Oeste, na região metropolitana de Toledo, será o epicentro da cultura indígena paranaense nos próximos dias. A partir desta segunda-feira (14), a cidade recebe a Semana Cultural Indígena Guarani, que chega à 19ª edição. A programação segue até quarta-feira (16) e deve reunir quase 5 mil pessoas na Escola Estadual Indígena Araju Porã.

    As atrações programadas incluem apresentações culturais, danças, exposições, vendas de artesanato e trilha na natureza. O evento é aberto não só às comunidades locais, mas a toda a sociedade. Para agendar visitas em grupo, escolas e universidades devem preencher um formulário on-line.

    A Semana Cultural ocorre em celebração ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado no próximo sábado (19). Conforme os organizadores, o principal objetivo da ação é fortalecer e valorizar a tradição dos povos Guarani. “É um momento em que a comunidade indígena pode levar sua cultura para os não-indígenas. Nosso interesse é mostrar que existe uma cultura milenar e que o povo Guarani mantém sua língua e suas tradições. Realizar um evento como esse é muito gratificante”, diz o professor Teodoro Tupã Alves.

    A Escola Estadual Indígena Araju Porã organiza a atual edição da Semana em parceria com o Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e e as associações comunitárias indígenas Tekoha Itamarã (Aciti) e Tekoha Añetete (Acitea). Apoiam a iniciativa a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR), o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Toledo, o governo federal, a Prefeitura Municipal de Diamante D’Oeste e a Itaipu Binacional.

    “A Semana Cultural Indígena Guarani já se consolidou como um dos principais eventos culturais da região, e isso fica evidente pela quantidade de parceiros e apoiadores que tem angariado ano a ano. Além da celebração da cultura indígena, a Semana é também um espelho do papel fundamental que as escolas estaduais indígenas desempenham junto às comunidades locais”, afirma o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

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    CRESCIMENTO E VALORIZAÇÃO – A Semana Cultural Indígena Guarani é realizada anualmente desde 2006. Responsáveis pela criação do evento, as escolas estaduais indígenas Araju Porã e Kuaa Mbo’e se alternam como sede das edições anuais.

    Desde a primeira realização, há 19 anos, a iniciativa ganhou visibilidade e se tornou uma das principais atrações culturais da região. Conforme os organizadores, a Semana Cultural Indígena Guarani é, hoje, o evento que mais atrai pessoas de outros municípios para Diamante D’Oeste.

    “As expectativas são excelentes. O diferencial desta edição é justamente o potencial de ampliação. Neste ano, queremos consolidar a Semana Cultural Indígena Guarani, não só para o município, mas como uma referência regional quando se trata de cultura indígena”, afirma Mauro Dietrich, diretor da Escola Estadual Indígena Araju Porã, que reúne cerca de 80 alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental.

    “Para isso, contamos com o trabalho dos professores e funcionários tanto aqui da Escola Estadual Araju Porã quanto do Colégio Estadual Kuaa Mbo’e. São cerca de 52 profissionais da educação que direcionam esforços para o sucesso desta Semana Cultural”, acrescenta.

    Além de estudantes e membros das próprias comunidades indígenas, moradores locais e excursionistas de outras regiões têm prestigiado as edições recentes da Semana Cultural Indígena. Em 2024, os três dias de programação reuniram quase 4 mil visitantes.

    “Recebemos muitos visitantes da região e até de outros locais do Estado. Isso reforça o trabalho que é feito pelas escolas no contexto de dar visibilidade à cultura e à tradição Guarani para a sociedade envolvente, e também é uma forma de desconstruir estereótipos em relação aos povos indígenas”, aponta o diretor do Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e, Jairo Cesar Bortolini.

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    Os cerca de 140 alunos do colégio, matriculados em turmas da Educação Infantil ao Ensino Médio, também participam da organização do evento junto a professores e funcionários.

    ESCOLAS INDÍGENAS – A rede estadual de ensino do Paraná conta com 40 escolas indígenas que atendem a cerca de 5,5 mil estudantes das etnias Kaingang, Guarani, Xokleng e Xetá. As instituições de ensino têm normas, pedagogia e funcionamento próprios, respeitando a especificidade étnico-cultural de cada comunidade. Os estudantes têm direito a ensino intercultural e bilíngue – com aulas da língua indígena e de língua portuguesa – desde o início da jornada escolar.

    O Novo Ensino Médio no Paraná, estabelecido em 2022, também prevê componentes curriculares específicos para a matriz curricular dos colégios indígenas. Além dos componentes curriculares previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os estudantes indígenas cursam Projeto de Vida e Bem Viver, Informática Básica e Robótica e Laboratório de Escrita e Produção Audiovisual. Ainda foram incluídos à grade curricular componentes como filosofia indígena e cultura corporal indígena.

    Além da manutenção das escolas indígenas, a Seed-PR promove a inserção de conteúdos e práticas pedagógicas que celebram a valorização da cultura indígena em todas as escolas da rede estadual. Por meio do trabalho de equipes multidisciplinares, a secretaria implementou a Lei 11.645, de 10 de março de 2018, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura indígenas em todos os níveis de ensino.

    Fonte: Governo PR

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