NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Câmara aprova projeto que regulamenta produção de bioinsumos; texto vai ao Senado

Publicado em

Entre outros pontos, o substitutivo regula a produção de novos insumos biológicos no mercado brasileiro

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (07), o relatório do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) ao Projeto de Lei (PL 658/21) que regulamenta a produção, comercialização e o uso de bioinsumos na agricultura. O texto segue agora para análise no Senado.

Os insumos biológicos são produtos feitos a partir de microrganismos, materiais vegetais, naturais e utilizados nos sistemas de cultivo agrícola para combater pragas e doenças, além de melhorar a fertilidade do solo e a disponibilidade de nutrientes para as plantas.

Entre outros pontos, o substitutivo regula a produção de novos insumos biológicos no mercado brasileiro, dispõe sobre o rito simplificado para registro desses produtos e cria uma Comissão Técnica permanente para avaliação do registro de bioinsumos para novos produtos, que contenham microrganismos na produção on farm (dentro da fazenda).

Ao defender o projeto, o deputado Diego Garcia, membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou que o objetivo é regulamentar a legislação dos bioinsumos, visando o desenvolvimento sustentável do setor.

“Os bioinsumos são organismos vivos que são usados para melhorar a fertilidade do solo ou para controlar pragas. O objetivo deste projeto é para regulamentar como se dará o uso, registro, e a produção,” disse.

Leia Também:  Após agressão homem é preso em Cafelândia

Embora os bioinsumos não sejam substitutos absolutos das tecnologias convencionais, são complementares e reduzem a exposição do trabalhador e do consumidor aos compostos químicos.

Garcia ressaltou ainda que a proposta facilita a comercialização de uma maneira segura. “O meu desejo é trabalhar para que nossa agricultura brasileira, fonte de sustento para tantos, possa ficar cada vez mais fortalecida.”

Autor do projeto, o deputado Zé Vitor (PL-MG) destaca que os bioinsumos são uma fonte inesgotável de sustentabilidade e inovação para o Brasil. “Temos a maior biodiversidade do planeta, que pode ser racionalmente explorada e dividida com o mundo a partir de estímulos legislativos corretos”, explicou.

O presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), ressaltou que o desejo do setor agropecuário é reduzir o custo de produção nos próximos anos e a utilização dos bioinsumos como fertilizantes no controle de pragas será fundamental para essa redução.

“Esse é um projeto em que todos vão ganhar com ele, desde o pequeno produtor da agricultura familiar, médio e grande, até o consumidor final. Precisamos mostrar aos demais países que o Brasil produz com qualidade e de maneira sustentável,” frisou Sérgio Souza

Leia Também:  Conab refaz os cálculos e prevê novo recorde para a safra 2023/2024: 319,5 milhões de toneladas

A deputada Bia Kicis (PL-DF) disse que a produção de bioinsumos é importante para o desenvolvimento da cadeia produtiva no Brasil. “O texto foi construído a várias mãos e com diversos segmentos, inclusive os pequenos, médios, cooperativas e grandes produtores que poderão agora se beneficiar de mais esses produtos. A produção de bioinsumos para uso próprio é muito importante, é o Brasil rumo ao desenvolvimento. Parabéns a todos e à FPA que se empenharam nessa aprovação,” disse a parlamentar.

Regulamentação

A regulamentação dos bioinsumos aplica-se tanto ao sistema de cultivo convencional como ao orgânico. O deputado Giovani Cherini (PL-RS) reforça que na proposta existem exigências e responsabilidades que o produtor rural precisará seguir.

“O texto define regras para os estabelecimentos que produzam ou importem bioinsumos com fins comerciais. Não é um “libera geral”, eles serão obrigados a se registrar no Ministério da Agricultura e desenvolver programas de autocontrole de produção,” disse Cherini.

A deputada Caroline de Toni (PL-SC), complementa ao dizer que, “os bioinsumos são tecnologias novas e qualificadas e importantes aliados para o controle de pragas no campo”.

 

 

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Algodão volta a crescer no Paraná e reforça liderança do Brasil no mercado mundial

Published

on

By

Depois de anos praticamente fora do mapa da cotonicultura, o Paraná está voltando a produzir algodão em pluma e reacendendo um ciclo que já foi símbolo de força agrícola no Estado. Quem se lembra das décadas de 1980 e 1990 sabe: o Paraná já foi o líder nacional na produção da fibra. Mas com o passar do tempo, a infestação do bicudo-do-algodoeiro, o avanço da soja e dificuldades econômicas acabaram derrubando a cultura.

Agora, o cenário é de esperança e retomada. A Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) lançou um projeto para incentivar o plantio de algodão e recuperar a importância da pluma na região. Para a safra 2024/25, a área plantada no Estado deve chegar a 1,8 mil hectares, segundo estimativas da Conab. Pode parecer pouco, mas o plano é ambicioso: a meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos anos.

Entre os fatores que tornam essa retomada promissora está o menor custo de produção no Paraná, quando comparado a outras regiões produtoras. O clima mais ameno em certas áreas, o uso mais eficiente de insumos e a proximidade com portos e centros industriais ajudam a melhorar a competitividade da pluma paranaense.

Outro ponto a favor é o avanço tecnológico. Com sementes mais resistentes, maquinário moderno e práticas de manejo mais sustentáveis, os produtores têm hoje condições muito melhores do que nas décadas passadas para lidar com pragas como o bicudo e obter bons rendimentos.

Leia Também:  Com apoio da Administração de Nova Aurora 15º Cavalgada do Trabalhador no distrito do Marajó foi sucesso

Brasil na liderança mundial – O momento não poderia ser mais favorável. O Brasil é, desde 2024, o maior exportador de algodão do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. O setor cresceu nos últimos anos com base em três pilares: tecnologia, qualidade e rentabilidade. A produção brasileira de pluma aumentou pelo terceiro ano seguido em 2023 e segue firme em 2024.

Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,9 milhão de hectares de algodão, com uma produção estimada em 3,7 milhões de toneladas de pluma. A produtividade média ficou em 1,8 tonelada por hectare, e o principal destino da exportação foi a China, um mercado exigente que reconhece a qualidade da fibra brasileira.

Os principais estados produtores continuam sendo Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas o avanço do Paraná mostra que o mapa do algodão pode voltar a se expandir.

Um pouco da história – O ciclo do algodão no Brasil começou no século 18, especialmente no Nordeste. Durante os séculos XVIII e XIX, o país chegou a ser um dos maiores fornecedores do mundo. Mas nas décadas de 1980 e 1990, a cultura foi gravemente afetada pelo bicudo-do-algodoeiro, uma praga devastadora que levou muitos produtores a abandonarem o cultivo.

Leia Também:  TERRA ROCHA: Divulgado o resultado preliminar do Bolsa Auxílio Transporte para abril de 2024.

Com o tempo, o setor se reorganizou, investiu pesado em pesquisa, controle biológico e práticas sustentáveis, e reconquistou espaço no mercado internacional.

A iniciativa da Acopar é vista com entusiasmo por técnicos, agrônomos e produtores. A retomada do algodão no Paraná representa não só diversificação da produção agrícola, mas também mais opções de renda para o campo, geração de empregos e incremento para a indústria têxtil regional.

Além disso, a cotonicultura permite o uso racional da área agrícola, com sistemas de rotação de culturas que ajudam a preservar o solo e controlar pragas de forma natural.

Para o produtor rural, o momento é de olhar com atenção para o algodão. Com planejamento, tecnologia e apoio técnico, a pluma pode voltar a brilhar nas lavouras do Paraná — e com ela, toda uma cadeia produtiva pode se fortalecer.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA