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Como os atacantes ajudaram a transformar o Brasil em uma potência defensiva

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Atacar marcando. A expressão pode resumir parte da filosofia repetida pelo técnico Tite e sua comissão técnica com os jogadores da Seleção Brasileira. Dono da melhor defesa da Copa do Mundo, o Brasil esperou uma fortaleza diante de seus adversários. O tempo é o único que ainda não sofreu gols na competição – e quer manter isso no jogo desta sexta-feira (2), contra Camarões. Mas tudo isso começa por seus atacantes.

“Quando a galera fala de não sofrer gol, todo mundo fala do goleiro, da linha de quatro, do primeiro volante. Mas a gente sabe que começa lá na frente”, explicou Casemiro, uma das referências defensivas de Tite.

O trabalho de pressão dos três jogadores de frente é uma das prioridades da Seleção Brasileira no dia a dia. Um dos treinos mais repetidos é o do “Rec-5”, que consiste em pressionar o adversário nos primeiros cinco segundos após a perda da bola.

Aplicados, Richarlison, Vinícius Jr. e Raphinha têm a missão de dar o primeiro combate ao adversário, começando a “filtrar” as jogadas de perigo contra o Brasil.

Os números não escondem a eficiência do trabalho deles. Nas duas primeiras partidas, Richarlison liderou o Brasil em movimentos de pressão indireta (na segunda bola). Ao todo, foram 92 ações. O segundo jogador no quesito foi Vinícius Júnior, com 55.

Na partida de estreia, contra a Suíça, Raphinha tentou um total de 5 desarmes, atrás apenas de Lucas Paquetá (6). A ponta também liderou a defesa da equipe em duelos aéreos vencidos (3), ao lado do próprio Paquetá.

Depois deles, vêm os jogadores do meio, geralmente capitaneados por Lucas Paquetá e Casemiro. Só depois de passar pelos dois setores é que o adversário precisa lidar com a solidez defensiva de jogadores como Thiago Silva e Marquinhos.

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Poderíamos falar do goleiro Alisson, mas na realidade ele ainda não teve que trabalhar tanto na Copa do Mundo: em dois jogos, o Brasil não sofreu um chute em direção ao gol. A exemplo de comparação, o Marrocos teve 6 finalizações em sua meta.

O trabalho é tão bem feito que dá a Tite a liberdade de incluir mais atacantes de ofício em sua formação, conforme revelou Vinícius Júnior.

“É mais complicado, porque a gente tinha que jogar com mais atacantes para eu jogar, porque o Raphinha e o Richarlison vinham muito bem”, conto o jogador do Real Madrid. “O Casemiro e o Paquetá concordaram em fazer o trabalho sujo, mas eu e o Raphinha estamos ajudando bastante na marcação. Temos que seguir, começamos bem, temos que terminar assim.”

Tite ainda se dá ao luxo de lançar mão de jogadores de alto nível internacional durante a partida, que se protege a fazer o trabalho defensivo com a mesma intensidade e inteligência que os titulares. É o caso, por exemplo, de Gabriel Jesus. O atacante, que foi titular durante a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, foi acionado pelo treinador nas duas partidas, e mostrou uma possibilidade que ele exerce também em seu clube.

“Ele joga em uma intensidade e com uma vontade de ganhar a bola, de provocar erros e de jogar no campo do adversário. Não dá pra fazer isso se os jogadores de frente estão andando, se não têm o instinto e a intenção de fornecer o que queremos. Gabriel é fenomenal isso,” disse Mikel Arteta, técnico de Jesus no Arsenal, após uma de suas partidas pelo clube inglês na atual temporada.

A Copa do Mundo de 2018, aliás, estabeleceu um bom parâmetro para a força das defesas construídas por Tite. O Brasil acabou eliminado nas quartas de final, é verdade, mas não foi por falta de proteção de seu sistema defensivo. Tanto que, dos três gols sofridos pela Seleção no torneio, dois foram de bola parada e um em um contra-ataque armado por Romelu Lukaku e Kevin de Bruyne.

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O goleiro Alisson se despediu do Mundial da Rússia sem precisar ter feito uma defesa de alta dificuldade e, ainda assim, ostentando três jogos sem sofrer gol. Na Copa do Qatar, ele já conseguiu mais dois “cleansheets” (termo inglês para partida sem ser vazado), aproximando-se do recorde histórico da Seleção. Claudio Taffarel e Emerson Leão, com 8 jogos cada, lideraram o ranking brasileiro no quesito.

Ao analisar todo o ciclo, o lateral Danilo previu, antes mesmo do início do Mundial, que a solidez defensiva seria um trunfo da Seleção no torneio.

“A base desse grupo desde a Copa de 2018 tem sido a capacidade de estarmos sempre sólidos no plano defensivo. Eu me incluo nessa parte, e acho, também, que tem a ver com o quanto os atacantes jogaram”, comentou o defensor.

“Eles defendem muito, cortam a trajetória da linha de passe, induzem o adversário, perdem a bola e pressionam no mesmo momento. Isso deixa o Tite e a comissão técnica muito à vontade para poder ter um número maior de atacantes e fazer com que muitos joguem juntos”. Se atacar marcando é o caminho apontado por Tite no Qatar, o Brasil está em ótimas mãos – e pés – para ir longe na Copa do Mundo.

Fonte: Agência Esporte

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Real Madrid goleia Sevilla em show no Bernabéu

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No Santiago Bernabéu, o Real Madrid proporcionou um espetáculo de futebol ao golear o Sevilla por 4 a 2 neste domingo, em partida válida pelo Campeonato Espanhol. Kylian Mbappé, Valverde, Rodrygo e Brahim Díaz brilharam com gols para os Merengues, enquanto Isaac Romero e Lukebakio descontaram para a equipe visitante. A ausência do brasileiro Vinicius Júnior, suspenso, não impediu o show madrilenho.

Com o triunfo, o Real Madrid ultrapassou o Barcelona e assumiu a vice-liderança de La Liga, somando 40 pontos em 18 jogos. O Sevilla, por sua vez, ocupa a 12ª posição, com 22 pontos.

A próxima partida do Real Madrid pelo Espanhol será contra o lanterna Valencia, fora de casa, no dia 3 de janeiro, às 17h (de Brasília). Já o Sevilla tem compromisso pela Copa da Espanha contra o Almería, também como visitante, no dia 4 de janeiro, às 13h30. O retorno do Sevilla a La Liga acontecerá no dia 11 de janeiro, contra o Valencia, às 17h.

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Antes do apito inicial, uma cena emocionante: o estádio Santiago Bernabéu ovacionou Jesús Navas, que se aposentou dos gramados neste domingo. O ex-lateral coleciona títulos expressivos pela seleção espanhola, incluindo a Copa do Mundo de 2010 e as Eurocopas de 2008 e 2024.

Primeiro Tempo:

O Real Madrid abriu o placar aos 10 minutos com um golaço de Mbappé. Após jogada individual de Rodrygo, o francês recebeu a bola e, de fora da área, mandou um chute certeiro para o fundo das redes.

Aos 18, Lucas Vásquez quase ampliou após bela jogada de Bellingham, mas finalizou para fora.

Um minuto depois, Valverde marcou o segundo gol do Real Madrid, um golaço de fora da área após cobrança de escanteio curta.

Aos 33, Rodrygo recebeu de Lucas Vásquez dentro da área e finalizou com força, marcando o terceiro gol merengue. O Sevilla diminuiu aos 35, com gol de cabeça de Isaac Romero.

Segundo Tempo:

O Real Madrid ampliou logo no início da segunda etapa. Mbappé tabelou com Brahim Díaz, que, livre de marcação, finalizou sem dificuldades para marcar o quarto gol.

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Aos 40 minutos, Lukebakio recebeu em profundidade e chutou no canto direito de Courtois, diminuindo para o Sevilla e fechando o placar em 4 a 2.

Fonte: Esportes

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