15 de Abril de 2025
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    Clima chuvoso prejudicou safra de café no Paraná; plantio de soja e milho está perto do fim

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    Com a colheita do café encerrada em outubro, o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, calcula que os produtores retirarão aproximadamente 498 mil sacas na safra 2022. O volume é 40,7% inferior às 841 mil sacas colhidas no ano passado. Esse é um dos dados da Previsão Subjetiva de Safra (PSS) apresentada nesta quinta-feira (01), que também traz informações sobre a eminente finalização do plantio de milho e soja e do quase término de colheita do trigo.

    De acordo com o economista Paulo Sergio Franzini, analista de café no Deral, os números finais apenas confirmam a expectativa que já vinha se formando durante o desenvolvimento da cultura. A área cafeeira também registrou perda de 17,3%, enquanto a produtividade média reduziu em 28,4%.

    “Os principais fatores que levaram a essa redução são as questões climáticas, começando com as geadas no inverno de 2021 e, depois, a falta de chuvas e temperaturas muito altas na fase do ciclo reprodutivo da safra 2022”, afirmou. A expectativa no início da safra era de que se pudesse chegar a 580 mil sacas.

    A qualidade do café também decaiu. “A formação de grãos menores não é necessariamente sinônimo de qualidade menor, mas neste ano tivemos grãos mal granados, perdeu um pouco o aspecto sensorial da qualidade, a doçura”, explicou Franzini. “Não é tão significativo, mas em 2021 tivemos percentual de bebidas melhores, de qualidade bem superior em relação a este ano”.

    A mesma situação atingiu os cafés especiais, dos quais o Paraná tem se revelado bom produtor. De acordo com o especialista do Deral, a média crescente era de 15% da produção classificada como especial. “Acreditamos que na safra 2022 esse percentual fique no máximo em 10%”, disse.

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    MILHO E SOJA – Os dados apontam que, em novembro, houve um pequeno reajuste de área para a safra de milho em comparação com o mês anterior, passando de 400 mil para 395 mil hectares. A expectativa de produção está em 3,8 milhões de toneladas. No campo, o plantio está praticamente encerrado, restando alguns pontos isolados.

    “O início do plantio foi em agosto, e esse milho sofreu bem mais devido ao excesso de chuvas em setembro e outubro. O que foi plantado a partir de outubro tem uma situação melhor de campo e, provavelmente, terá maior produtividade”, destacou o analista da cultura, Edmar Gervásio. “Mas mesmo assim, deve ser boa safra”.

    Sobre a soja, Gervásio informa que a semeadura também está próxima de se encerrar, cobrindo 5,7 milhões de hectares, o que significa 1,2% a mais que na safra anterior. A produção esperada é de cerca de 21,5 milhões de toneladas. “O desenvolvimento da planta é muito bom porque, apesar de ter um atraso no plantio, plantou-se em um período agronomicamente melhor”, disse o técnico. “Boa parte do Estado teve um nível de sol, de radiação, excelente”.

    TRIGO E CEVADA – O trigo já está quase totalmente colhido no Paraná, restando cerca de 2% da área, sobretudo na região de Guarapuava, que sofreu mais com as chuvas. O prognóstico é que a qualidade do produto não será tão boa este ano, com provável queda de produtividade também.

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    De acordo com os técnicos que acompanham a cultura, as condições climáticas prejudicaram o manejo mais adequado. “Mas o que interferiu bastante para a queda da qualidade foi a luminosidade reduzida, devido aos longos períodos de tempo nublado”, disse o agrônomo Rogério Nogueira.

    A cevada está com a colheita totalmente terminada. Diferente do trigo, a qualidade do produto é considerada muito boa, com cerca de 90% padrão cervejeiro – a maior cotação qualitativa – nos dois principais núcleos de produção, Guarapuava e Ponta Grossa. Em termos de área plantada, o Estado acresceu 10 mil hectares para a safra que se encerra, com produção de 344,2 mil toneladas – 16% a mais que no ano passado – em 84,3 mil hectares.

    FEIJÃO A safra das águas de feijão também está com o plantio praticamente encerrado no Paraná, estendendo-se por 122 mil hectares, restando a região de Curitiba, onde as chuvas impediram maior progresso. “No campo há uma preocupação porque 31% está em floração e as últimas chuvas vão provocar algumas perdas”, afirmou o agrônomo Joabe Rodrigues Pereira. Dessa forma, o Deral já projeta redução de 242 mil toneladas, prevista em outubro, para 230 mil toneladas, além de queda na qualidade.

    BOLETIM Nesta quinta-feira, o Deral divulgou também o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 25 de outubro a 1.º de dezembro. Além de analisar a produção da safra paranaense, ele apresenta dados sobre cotações da carne bovina e da criação e exportação de perus e frangos.

    Fonte: Governo do Paraná

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    Espaço Cultural BRDE recebe três novas exposições nesta quinta-feira

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    O Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões, em Curitiba, abre no mês de abril três novas exposições que ficarão em cartaz até o final de maio. Eles podem ser visitadas a partir desta quinta-feira (17).

    Uma delas é a mostra Transfiguração da Forma, da artista, poeta e contista Mozileide Neri. A abertura, às 19h, contará com visita mediada com a artista, levando o público a conhecer seu trabalho que explora os jogos sensíveis de imaginação e os desdobramentos da abstração geométrica.

    Composta por 30 obras, incluindo pinturas e obras táteis acessíveis a todos os públicos, a mostra toma como inspiração a pesquisa da artista sobre cinco artistas brasileiras: Judith Lauand, Maria Leontina, Lygia Clark, Beatriz Milhazes e Criola.

    Também da quinta, a partir das 13h, o público poderá conhecer as exposições Coisas de Alice, do duo BordaDuras, e Ilex: o tempo das coisas, do coletivo Bordas.

    Coisas de Alice é fruto da colaboração criativa do duo BordaDuras, formado pelas artistas Giovana Casagrande e Leila Alberti. Desenvolvida a partir de uma pesquisa de três anos, a mostra consiste em trabalhos híbridos que mesclam porcelana com crochê e bordado, resgatando objetos culturais esquecidos — como bules e xícaras de porcelana branca — e convidando o público a revisitar memórias afetivas.

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    “Atualizando as Coisas de Alice e seu mundo invertido no espelho, a poética das artistas alude às práticas ancestrais referentes aos regimes do feminino e aos códigos naturalizados das sociabilidades”, destaca a artista e pesquisadora Tânia Bloomfield.

    Ilex: o tempo das coisas é uma exposição do Coletivo Bordas, integrado por Cadu Cinelli, Gi Mazetto, Lisiani Serea, Lucilene Wapichana, Lu Dobrychlop, Marcelo Forte, Max Carlesso, Rafael Codognoto, Sonia Vasconcellos, Suzi Pereira, Talita Thutty e Vavá Diehl. A mostra evidencia as memórias e saberes que se cruzam em diferentes tecidos, costuras, entrelaces e desfechos, olhando para histórias reveladas e camufladas neste espaço eclético e cultural.

    “As imagens que construímos em bordados, que acreditamos serem para além de particulares, estão envolvidas em um processo mais amplo de vivência e de trocas. Muitas dessas imagens estão impregnadas de imaginários, permeiam nossas memórias, fazem parte da construção de significados e de arquétipos culturais”, afirma o Colectivo Bordas.

    “Com a reunião dessas três mostras no Palacete, buscamos convidar o público a mergulhar em referências ao mesmo tempo distintas e familiares, reforçando o compromisso do Espaço Cultural BRDE em abrigar diversas linguagens. Com diferentes materialidades e técnicas, as obras evocam memórias, seja de artistas, objetos, ou vivências”, comenta a coordenadora do Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões, Mariana Bernal.

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    OFICINAS – Como parte das exposições, o Coletivo Bordas ministrará três oficinas no mês de maio, nos dias 8, 15 e 22, sempre às quintas-feiras das 14h às 17h.

    No dia 8, a artista Leila Alberti realizará a Oficina Linha de Borda que propõe um convite ao bordado livre. No dia 15, será a vez da Oficina Escultura Mole com Rafael Codognoto estimulando a criatividade através da transformação de tecidos, linhas e agulhas em objetos. No dia 22 será realizado o Bordado Solidário, um convite ao bordado coletivo.

    As oficinas têm 15 vagas cada e são gratuitas, com materiais inclusos. Inscrições pelo e-mail leilaalberti@hotmail.com. Envie o nome da oficina que deseja participar, nome completo e idade.

    Serviço:

    Data: 17/04, quinta-feira

    “Transfiguração da Forma de Mozileide Neri”

    Abertura e visita mediada com a artista, às 19h

    “Coisas de Alice”, do duo BordaDuras, e “Ilex: o tempo das coisas”, do coletivo Bordas

    A partir das 13h

    Local: Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões

    Avenida João Gualberto, 570, Alto da Glória – Curitiba

    Acompanhem a programação do Palacete AQUI.

    Fonte: Governo PR

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