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Impulsionada pela soja, safra de grãos em 2022/2023 é estimada em 313 milhões de toneladas

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A segunda estimativa para a safra de grãos em 2022/2023 estima um volume de produção de 313 milhões de toneladas, com 42 milhões de toneladas ou 15,5% a mais que o obtido na última temporada. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), esse crescimento reflete o aumento na projeção da área plantada de soja, que deverá chegar a 43,2 milhões de hectares semeados em todo o país. 

No geral, a área semeada no país deverá chegar a 76,8 milhões de hectares, ante aos 74,5 milhões de hectares cultivados em 2021/22.

Conforme o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, esse crescimento ocorre, entre outros diversos fatores, pelo avanço em importantes estados produtores da agricultura em áreas de pastagens degradadas, bem como a opção pela oleaginosa em detrimento a outras culturas. 

Em Mato Grosso, principal estado produtor do grão, os trabalhos se aproximam do fim e as lavouras apresentam um bom desenvolvimento, mesmo com a presença irregular das chuvas. Em Goiás, Minas Gerais e no Matopiba, o plantio segue em um ritmo mais lento que o do ciclo anterior devido às condições climáticas registradas no mês de outubro. No Rio Grande do Sul, o início da semeadura segue em percentual abaixo do observado no mesmo período da última safra.

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No Paraná e Santa Catarina, as baixas temperaturas e o excesso de chuvas comprometem o desenvolvimento inicial da cultura em diversas regiões. Já no Mato Grosso do Sul, esta é considerada uma das safras com melhor desenvolvimento das lavouras dos últimos anos. 

Para o milho, a expectativa é que a produção total seja de 126,4 milhões de toneladas Na primeira safra do cereal, há redução de 3,1% na área a ser cultivada, devido a elevação dos custos de produção e ocorrência da cigarrinha. A redução na área também é estimada para o arroz e o feijão. Para o arroz, a maior queda se dá em área de plantio sequeiro da cultura. Já para o feijão, o recuo  deve chegar a 2,7% na área total prevista a ser semeada, somando todos os ciclos da cultura. Ainda assim, a produção total de feijão no país é estimada em 2,9 milhões de toneladas.

Para o trigo a expectativa é que os agricultores colhem 9,5 milhões de toneladas do grão nesta safra, valor 23,7% maior que o ciclo anterior.

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Fonte: AgroPlus

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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