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Cotações do milho seguem recuando nas bolsas nesta quinta-feira (03)

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Os preços futuros do milho seguem em queda na Bolsa Brasileira (B3), nesta quinta-feira (03). Por volta das 12h35 (horário de Brasília), as principais cotações flutuavam entre R$ 85,95 e R$ 93,35.

O vencimento novembro/22 era cotado à R$ 85,95 com queda de 1,09%, o janeiro/23 valia R$ 90,16 com perda de 0,91%, o março/23 era negociado por R$ 93,35 com baixa de 0,95% e o maio/23 tinha valor de R$ 93,00 com desvalorização de 1,06%. 

Semelhantemente no mercado externo, os preços futuros do milho também recuram na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento dezembro/22 era cotado a US$ 6,82 com desvalorização de 5,25 pontos, o março/23 valia US$ 6,87 com queda de 5,00 pontos, o maio/23 era negociado por US$ 6,87 com baixa de 4,75 pontos e o julho/23 tinha valor de US$ 6,82 com perda de 4,50 pontos. 

De acordo com a Farm Futures, esse movimento de queda dos preços do milho reflete os contínuos ritmos de embarques ucraniano no Mar Negro, bem como o aproximação de um acordo da China e o Brasil para expandir o volume de comércio de milho entre os país. Diante disso, provavelmente, as exportações de milho dos Estados Unidos à China serão reduzidas.

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Além disso, outro fator que impulsiona essa baixa é a presença de certas fraquezas nos mercados financeiros devido ao último aumento da taxa de juros do Federal Reserve. 

Fonte: AgroPlus

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AGRONEGÓCIO

Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra

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O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.

O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.

A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.

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Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.

Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.

O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.

Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.

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O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.

Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.

O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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